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Artigo: Marta Suplicy entra na ‘polêmica’ sobre Gisele

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) utilizou seu artigo de sábado, para enfiar a colher de especialista na polêmica da semana.
Discorreu sobre os comerciais de calcinhas e sutiãs estrelados por Gisele Bündchen.
Endossou a visão da ministra petista Iriny Lopes, que enxergou nas peças preconceito e discriminação contra as mulheres.
Ao longo do texto, Marta escora-se em argumentos que exibem o oco do vazio em que se meteram as inimigas dos comerciais.
A senadora reconhece: a polêmica fez “a propaganda ser mais vista e falada”. Prova-o seu próprio artigo, impresso em espaço nobre.
Noutro trecho, Marta anota que “Gisele pode pagar seu cartão de crédito e de quantos maridos tiver.”
Para ela, os autores dos comerciais “poderiam vender até mais calcinhas e sutiãs” se explorassem a imagem dessa Gisele independente e bem sucedida.
Marta pode ter razão. Ou não. Campanhas publicitárias do gênero só costumam ir ao ar após a realização de refinadas e exaustivas pesquisas mercadológicas.
A questão é outra: será que a mulher brasileira de hoje é imbecil a ponto de tomar o humor de um comercial como grave ofensa à evolução da espécie? Improvável.
Não será um par de peças publicitárias que fará a platéia esquecer o grau planetário de emancipação de Gisele.
Em proporção mais modesta, a biografia da própria Marta é exemplo do estágio emancipatório a que chegaram as saias brasileiras.
Rica e bem nascida, Marta foi criada para viver num mundo de donzelas burguesas, matriarcas austeras e machos opressivos.
Traçaram-lhe um destino de horizontes acanhados: estudaria em colégio de freiras, entregaria seus olhos azuis a um bom marido, teria filhos e administraria o lar.
Aproveitando-se das brechas de sua época, Marta saltou da armadilha. Estudou nos EUA numa fase em que jovens como ela se faziam notar queimando sutiãs em praças.
De volta ao Brasil ganhou fama na TV Globo. Em plena década de 80, invadia os lares no matinal "TV Mulher", falando de masturbação, orgasmo e homossexualismo.
Curioso que Marta venha agora aderir à tolice atiçada por peças publicitárias que, boas ou ruins, teriam passado em branco não fosse o pseudo-assombro do neofeminismo sem causa.
A mulher brasileira, por atilada, merece mais respeito. A maioria talvez se sentisse mais bem representada por uma senadora que não tomasse suas semelhantes por vítimas atoleimadas de um reles comercial de TV.
Vai abaixo o artigo de Marta Suplicy:

“Por achar que o anúncio de lingerie com Gisele Bündchen é preconceituoso e discriminatório, a Secretaria de Políticas para as Mulheres pediu sua saída do ar. O Instituto Patrícia Galvão diz não passar de estratégia para criar constrangimento e a propaganda ser mais vista e falada, o que de fato já está acontecendo, como atesta esta coluna e outras.
De manhã, vi a foto de Gisele de biquíni. Minha reação imediata foi: ‘Que beleza!’. Pose natural, solta, sutiã e calcinha normais. Poderia estar na praia que estaria mais vestida que qualquer outra. Logo percebi que se tratava de algo mais. Uma polêmica. Fui ver na internet.
Vi Gisele com shortinho de ir ao supermercado e ela diz: ‘Amor, estourei meu cartão de crédito’. Carimbo de ‘Errado’. Com lingerie azul básica, mas com Gisele dentro nada é básico, declara: ‘Amor, estourei meu cartão de crédito e o seu também’. ‘Certo’. O texto varia em três tons, pregando a sensualidade como arma.
Em off, ouve-se: ‘Você é brasileira, use seu charme’. A crítica refere-se ao reforço dado ao estereótipo que todos combatemos: exploração da subserviência ligada à sexualidade.
Muitas são as formas femininas de se posicionar no mundo machista, nas diferentes áreas de trabalho e no privado. Existem as ‘armas femininas’, além da sensualidade, como a percepção mais sensível e perspicaz da vaidade, do medo, da intolerância que fazem frequentemente da mulher uma interlocutora mais hábil.
Por que ela não utilizaria, do jeito que as coisas são e enquanto durarem, uma das mil qualidades e possibilidades que tem? Quão bom seria se, em vez de propagandas que põem uma âncora no nosso pé, não utilizassem a imagem de Gisele, que é uma mulher independente, para mostrar o mundo novo e engraçado que essas mulheres estão criando.
Gisele pode pagar seu cartão de crédito e de quantos maridos tiver. Com a criatividade do quilate da peça em debate e sem estereótipos machistas, poderiam vender até mais calcinhas e sutiãs. O que certamente ajudaria a reforçar, cada vez mais, de forma positiva, esse gigantesco mercado feminino de consumo.
Falta um olhar para essa nova mulher, falta ousadia, falta ajudar a chegar no século 21.
Continuando, mude a Gisele para um bonitão. Vejamos: talvez na primeira cena ele teria de vir de bermuda mal ajambrada, com um copo de cerveja e, nesse momento, apareceria ‘Errado’.
Depois, ele apareceria como? Um bonitão, um cara de inteligente, de gentil/doce, de intelectual... Ih! A mulherada é bem mais complexa. Este novo comercial, no masculino, não daria certo. Preconceito?"
Dilma Bündchen!
Duke

Petróleo junta Cabral, Lindbergh e Aécio contra Dilma

A briga pela redivisão dos royalties do petróleo produziu a junção de um grupo supratirdário contra o governo Dilma Rousseff. Reúne políticos governistas como os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Francisco Dornelles (PP-RJ) e oposicionistas como o grão-tucano Aécio Neves (MG).
Une-os a irritação com Dilma. Acusam-na de estimular uma guerra federativa, opondo os Estados que produzem petróleo aos que não produzem. Distante do Planalto como nunca esteve, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), reúne-se nesta segunda (3) com os congressistas fluminenses.
Pretende esboçar no encontro uma estratégia para retirar das arcas da União a verba extra reivindicada pelos Estados que não dispõem de petróleo. Em maioria, esses Estados não produtores exigem uma fatia do bolo de dividendos resultantes da exploração das jazidas de óleo e gás. Coisa de R$ 8 bilhões anuais.
Instado a abrir mão de parte do que amealha, o governo federal comprometeu-se a entregar uma quantia considerada ínfima.Inicialmente, dizia-se que Brasília entraria com cerca de R$ 2 bilhões. A cifra foi caindo na proporção que a conta foi sendo refinada.
Verificou-se que a pseudo-generosidade da União não passaria de R$ 1,3 bilhão. E quanto ao resto? Bem, para o governo, cabe aos Estados produtores de petróleo prover a diferença. A prevalecer esse entendimento, perderão arrecadação, o Rio, o Espírito Santo e, em menor escala, São Paulo. Daí a irritação de Cabral e Cia..
Embora eleito por Minas, um Estado não produtor de óleo, Aécio, um carioca de fim de semana, aderiu à causa. Enxergou na encrenca uma oportunidade para fustigar o governo. Há três dias, o tucano Aécio fez dobradinha com o petista Lindbergh em discursos no Senado. Ambos alvejaram o governo.
Um dos petistas mais leais a Dilma no Senado, Lindbergh azedou a retórica. Escalou a tribuna para apontar a voracidade tributária do governo. Disse que o Brasil vive “um período de centralização mais do que excessiva de arrecadação de recursos nas mãos da União”.
Acusou Dilma e sua equipe de errarem no debate sobre os royalties petrolíferos. Para ele, foi como se o governo dissesse às bancadas dos partidos: “Matem-se”. Ecoando Lindbergh, Aécio disse, também da tribuna, que, em vez de se matar, Estados produtores e não produtores devem se unir.

Para quê? Para forçar a União a “abrir mão de parte do que arrecada, já que "concentra 60% do total da receita tributária brasileira.” No dizer de Aécio “caberá ao Congresso impor a vontade dos brasileiros”, rompendo as barreiras do que chama de “hiperpresidencialismo”.
Como que decidido a solidificar a ponte inaugurada com a oposição, Lindbergh corroborou Aécio em aparte: “Há uma concentração muito grande de recursos nas mãos da União. Dos recursos arrecadados em 2008, a União arrecadou 68%; estados, 27%; e municípios, 5%...”
“…Dos 68% [amealhados pelo Tesouro Nacional], depois das transferências [para Estados e municípios], a União ficou com 54%.”
A crise dos royalties nasceu no ano passado, na época em que o Congresso votou o marco regulatório da exploração das jazidas petrolíferas do pré-sal. As bancadas dos Estados que não tiveram a sorte de encontrar petróleo em seus territórios aprovaram emenda do ex-deputado Ibsen Pinheiro.
Por essa emenda, os Estados desafortunados passariam a usufruir, em condições de igualdade, dos royalties e participações decorrentes da exploração do petróleo. Não apenas das futuras jazidas do pré-sal, mas também dos campos petrolíferos já licitados, no antigo regime de concessão.
Diante da grita dos Estados produtores, à frente Rio e Espírito Santo, injetou-se no Senado uma nova emenda, de autoria de Pedro Simon. Obrigava a União a compensar as perdas dos Estados produtores. Ao receber o marco do pré-sal, Lula vetou as novidades acrescentadas no texto por Ibsen e Simon.
Reunido em sessão conjunta, com deputados e senadores, o Congresso dispõe da prerrogativa constitucional de derrubar o veto presidencial. Senhor da pauta de votações, José Sarney, o presidente do Legislativo, agendou para a próxima quarta (5), a votação do veto.

Ao longo da semana passada, tentou-se produzir um acordo que evitasse a derrubada do veto de Lula. Deu em nada. Alheio ao dissenso, Sarney levou à pauta de votações do Senado duas dezenasde projetos que tratam de royalties.
Encabeça a lista proposta do senador petista Wellington Dias, do Piauí. O texto reflete a vontade do governo, impondo perdas ao Rio e demais Estados produtores. A redivisão dos dividendos petrolferos seria feita por meio do FPE e do FPM.
Sob as siglas, esconde-se um par de fundos por meio dos quais Estados e municípios recebem da União a participação que lhes cabe na divisão do bolo tributário nacional. Esses fundos foram criados em 1989, nas pegadas da Constituição de 1988. Presidia o país nessa época José Sarney.
Encabeçam a lista dos Estados mais bem aquinhoados no FPE a Bahia, com 9,3%, e o Maranhão da família Sarney, com 7,2%. Significa dizer esses dois Estados seriam agora os principais beneficiários da nova partilha dos dividendos petrolíferos. Daí o interesse de Sarney, insinua Lindbergh.
Da tribuna, Lindbergh disse que a lei que instituiu o FPE, sob o Sarney de 89, seguiu critérios políticos, não técnicos. “Por que o Maranhão tem alíquota de 7,2% e a Bahia de 9%?,” ele questiona, como que a iluminar a causa da pressa com que o Sarney de 2011 tenta impor prejuízos aos Estados produtores de petróleo.
De resto, Lindbergh recorda que, em decisão recente, o STF condenou a lei de 89, impondo ao Congresso a tarefa de redefinir as regras dos fundos de repartição tributária até 2012. Não faria sentido, diz ele, usar o FPE e o FPM na partilha dos royalties.
À falta de um acordo, a bancada do Rio e seus apoiadores tentarão obstruir as votações da semana que vem. Derrotada a turma arregimentada por Sérgio Cabral levará a encrenca ao STF.
PSDB reclama da União e pede a Dilma uma ‘agenda’

Reunidos em Goiânia nesta sexta (30), os oito governadores do PSDB divulgaram uma nota na qual se queixam da concrentração de poderes na União.
Empilham uma série de reivindicações –do pagamento de compensações tributárias a redução da taxa de juros que incide sobre a dívida dos Estados.
Pregam a “restauração da federação” e pedem a Dilma Rousseff a definição de uma “agenda” que liste os “temas relevantes” para uma negociação com os governadores.
Batizado de “Carta de Goiânia”, o documento se limita a expor as preocupações administrativas dos gestores tucanos.
Os governadores se abstiveram de tratar em público do debate político que consumiu boa parte do debate travado a portas fechadas.
Assinam a “carta”: Geraldo Alckmin (SP), Antônio Anastasia (MG), Beto Richa (PR), Marconi Perillo (GO)…
…Simão Jatene (PA), Teotônio Vilela (AL), Siqueira Campos (TO) e José de Anchieta (RR). Abaixo, a íntegra:
"Os governadores de São Paulo, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Alagoas, Roraima, Goiás e, por delegação, do Pará, reunidos em Goiânia, divulgam e reiteram seus compromissos com o País, com os Estados e, sobretudo, com a sociedade brasileira, propondo conjuntamente:
1. Defesa intransigente da restauração da Federação, cujo Pacto Federativo vem sofrendo insuportáveis e progressivas ameaças em face do aumento de demandas e despesas, ao tempo em que vê suas receitas cada vez menores com forte concentração em poder da União;
2. Reiteração dos princípios da democracia social, legalidade, transparência, combate sistemático à corrupção a partir de seus próprios exemplos, segurança jurídica, inclusão social, inovação e pesquisa, sustentabilidade ambiental, energia limpa, democratização de oportunidades, inclusão econômica (microcrédito, qualificação profissional, formação tecnológica e emprego);
3. Foco na melhoria das ações de saúde e cobrança permanente em relação aos reduzidos repasses e valores praticados pelo SUS;
4. Repasse de valores de compensação da Lei Kandir, referentes a 2011 (R$ 1.95 bilhão) e alocação no orçamento de 2012 de valores para ressarcimento - aos estados, no montante de R$ 11,5 bilhões, correspondente à metade das perdas decorrentes da desoneração de ICMS sobre as exportações;
5. Repactuação do endividamento dos Estados com a União, com redução do comprometimento da dívida intralimite, adoção do IPCA como índice de correção e redução dos juros contratuais;
6. Solicitação à Presidente da República de agenda para discussão destes e outros temas relevantes com os governadores dos estados brasileiros.
Alimentados por grande esperança no Brasil, manifestamos nossa confiança no amadurecimento da Democracia, na geração de oportunidades para todos os brasileiros e na perpetuação de valores e princípios que promovam a eficiência e a justiça social."
Dilma: Brasil deve aproveitar a crise para baixar juros
A presidente falou discursou em fórum promovido pela revista ‘Exame’.Aqui, os detalhes.
TSE negou, mas desembargador dá liminar a Rosinha

Nas pegadas da decisão do TSE, que negou-lhe um pedido de liminar, Rosinha Garotinho foiatendida por um desembargador do Rio de Janeiro.
Chama-se Sérgio Schwaitzer. Expediu despacho que revoga temporariamente a decisão que cassara o mandato da prefeita de Campos (RJ).
Além de manter Rosinha grudada à poltrona, o desembargador Sérgio revogou a inelegibilide do marido dela, o deputado federal Anthony Garotinho.
"Defiro a liminar, para conceder efeito suspensivo ao recurso eleitoral interposto, pelo prazo de 30 dias", anotou o desembargador.
A confusão das decisões judiciais, a estadual se sobrepondo à nacional, converteu o dramalhão político de Campos em comédia pastelão.
Antes do despacho redentor do desembargador Sérgio, o vereador Nelson Nahin Matheus de Oliveira renunciara à presidência da Câmara local e assumira a prefeitura.
Irmão de Garotinho, Nelson terá de devolver a cadeira à cunhada Rosinha antes de esquentar o lugar.
Vivo, Bussunda observaria o vaivém da Justiça Eleitoral e expediria uma liminar verbal: Falá séeeeerio!
Devagarzinho, Dilma se livra de sua ‘lulodependência’

Saiu mais uma pesquisa do Ibope, a terceira da Era Dilma Rousseff. Revela que, aos pouquinhos, a presidente vai se livrando do seu maior vício.
Dilma tornou-se menos “lulodependente”, eis a principal novidade insinuada sob as estatísticas. Mais um pouco e poderá deixar o cercadinho da continuidade.
A valiação pessoal de Dilma supera a de Lula no nono mês de governo: 71% contra 69%. Ultrapassa também a de FHC: 57%.
O mesmo ocorre com a avaliação do governo: 51% de ótimo e bom para a gestão Dilma, contra 43% atribuídos à administração de Lula e 40% à de FHC.
Lula não “desencarnou” como prometera. A despeito disso, subiu de 11% para 15% a taxa dos que acham que a pupila governa melhor que o ex-soberano.
O índice dos que consideram Lula melhor do que Dilma (26%) ainda é maior. Porém, sem alarde, a distância encurta-se devagarinho.
Herdeira da megapopularidade do criador, que deixou a presidência flutuando numa nuvem de 87% de aprovação, Dilma agrega à sua imagem capital próprio.
Cresceu a popularidade dela, por exemplo, na região Sul –um pedaço do mapa em que o ex-rival José Serra prevalecera nas urnas de 2010.
Nas duas primeiras sondagens do Ibope (março e julho), Dilma experimentara uma queda.
Ruíra a aprovação pessoal –de 73% para 67%— e também a avaliaç!ão do governo –de 56% para 48%.
Entre uma pesquisa e outra, escalaram as manchetes a prosperidade patrimonial de Antonio Palocci e a roubalheira dos Transportes, então sob Alfredo Nascimento.
Por que os índices de Dilma subiram a 71% e 51% se o noticiário continuou monopolizado pelos malfeitos, dessa vez na Agricultura e no Turismo?
A resposta está na cara feia de Dilma. Ela não agiu, reagiu. Renegou o vocábulo “faxina”. Trocou seis por meia dúzia. Onde havia PMDB, manteve PMDB.
Dilma não produziu senão pantomima. Porém, diferenciou-se de Lula ao fazer cara de nojo. A platéia enxergou sinceridade no incômodo da presidente.
Sem querer, Lula Dilma ao dizer que político tem que ter “couro duro”. Ficou entendido que, se fosse ele o presidente, malfeitor não cairia com simples petelecos da imprensa.
O tema mais lembrado pelos pesquisados do Ibope foi a corrupção (19%). O segundo, as demissões de ministros (13%).
Quer dizer: ainda que empurrada pelas denúncias, meio a contragosto Dilma acabou fazendo limonada do limão.
No mais, a popularidade de Dilma manteve-se em patamares confortáveis graças sobretudo à atmosfera econômica, ainda benfazeja.
As ações do governo mais bem avaliadas pela população, acima dos 50%, foram o combate ao desemprego e à pobreza.
Mas o Ibope não serviu apenas purpirinas a Dilma. Mostrou a ela um par de luzes amarelas.
Continua alto o percentual de brasileiros que desaprovam a política de Brasília no combate à inflação 55%.
É mais alto ainda o índice dos que torcem o nariz para a voracidade com que a máquina coletora de impostos avança sobre os bolsos alheiros: 66%.
Dilma, obviamente, dispõe de sus própria pesquisas. Como não é boba, substituiu o lero-lero pró-recriação da CPMF pelo discurso da melhoria da gestão na Saúde.
Considerando-se o último relatório trimestral do Banco central, Dilma vai precisar de muito mais gogó para driblar a encrenca que se avizinha.
No documento do BC, a previsão do crescimento do país em 2011 caiu para 3,5%. Há três meses, previa-se 4%. No início do ano, a Fazenda falava em 4,5% e até 5%.
A estimativa de inflação para o ano, que era de 5,8%no penúltimo relatório do BC, agora subiu para 6,4%.
Trata-se de uma cifra otimista. Sobretudo quando se recorda que, no acumulado dos últimos 12 meses, a inflação oficial já rodava, em agosto, na casa dos 7,23%.
Materializada na gôndola do supermercado, a carestia tende a azedar o humor do brasileiro que responde à turma dos institutos de pesquisa.
Seja como for, para o bem ou para o mal, Dilma já não está escorada em Lula. Será mais ou menos popular dependendo do modo como vai lidar com a crise.
Na proporção em que se livra do vício da “lulodependência”, terá de exibir virtudes próprias.
Brincadeira de Garotinho: sai a mulher, entra o irmão
Efe

O TSE proveu uma má notícia à senhora Rosinha Garotinho: foi desprovido o recurso da prefeita cassada de Campos (RJ).
Assim, com o mandato passado na lâmina pela Justiça Eleitoral do Rio, Rosinha talvez tenha de desmontar a barricada que montou em seu ex-gabinete.
Acampada na prefeitura desde quarta-feira (28), madame comanda resistência inspirada em velha marcha: ‘Daqui não saio, daqui ninguém me tira.’
Ao negar-lher o pedido de liminar, o TSE como que atravessou a marchinha de Rosinha: ‘Ó abre alas, que eu quero passar’.
Pois bem. Saindo Rosinha, mulher de Anthony Garotinho, entra o presidente da Câmara municipal, Nelson Nahin Matheus de Oliveira, irmão de Garotinho.
Diante de família tão próspera e numerosa, não resta à platéia senão entoar: “As águas vão rolar, garrafa cheia eu não quero ver sobrar…”
Parte do CNJ se arrepende do apoio à ‘nota’ de Peluso

A nota lançada ao ar por Cezar Peluso, mandachuva do STF e do CNJ, contra a corregedora Eliana Calmon parece condenada a um vôo de galinha.
Peluso arrastou para dentro de sua nota 12 dos 15 conselheiros do CNJ. Seis dos signatários revelam-se arrependidos.
Submetidos a reparos pontuais e críticas generalizadas, perceberam que, de grão em grão, acabaram numa panela em que ferve a aversão à punição de maus juízes.
Deve-se a revelação sobre a contrição dos conselheiros penitentes à coluna de Mônica Bergamo, na Folha. Leia:

- CARTA ABERTA: Racha no CNJ (Conselho Nacional de Justiça): seis de seus 15 integrantes se arrependeram de ter endossado às pressas a nota divulgada pelo presidente do colegiado e do STF, Cezar Peluso, contra a corregedora Eliana Calmon. E devem divulgar nova manifestação para esclarecer seu posicionamento.
- PRESSA: De acordo com vários relatos, Peluso estava muito nervoso com as declarações de Eliana Calmon de que há "bandidos escondidos atrás da toga". Chegou a bater as mãos na mesa ao discutir a nota. Por isso, ela teria sido aprovada "de afogadilho" pelos demais conselheiros.
- COMO ESTÁ: Um deles, Bruno Dantas, esclarece a posição do grupo: "A nota era para criticar o maniqueísmo da declaração da ministra Eliana Calmon. Mas passou a impressão de que ela está isolada e de que todos os conselheiros apoiam o esvaziamento da Corregedoria. Isso não é verdade. Queremos a manutenção dos poderes do CNJ de investigar desvios."
Em busca de rumo, PSDB reúne seus 8 governadores

Às voltas com um debate interno sobre a redefinição de seus rumos, o PSDB reúne nesta sexta (30), em Goiânia, seus oito governadores estaduais.
No encontro, os executivos tucanos serão apresentados aos resultados de um estudo que inclui pesquisa de opinião recém-saída do forno.
O próprio autor do trabalho, o sociólogo Antonio Lavareda, cuidará de esmiuçar os dados para os governadores.
No geral, o estudo e a sondagem embutida nele expõem as fragilidades do tucanato –da falência do discurso à ausência de propostas.
O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), que também participará da reunião, serve-se dos resultados para defender uma reestruturação radical do partido.
Lavareda já havia exposto o diagnóstico que inquieta o tucanato às bancadas do PSDB no Senado e na Câmara. Repetirá a dose em Goiânia.
Além do anfitrião Marconi Perillo, governador tucano de Goiás, vão à mesa Geraldo Alckmin (São Paulo), Antonio Anastasia (Minas)...
...Beto Richa (Paraná), Teotônio Vilela Filho (Alagoas), Simão Jatene (Pará) e Anchieta Júnior (Roraima).
A pajelança começará de manhã, será esticada num almoço e só terminará do meio para o final da tarde.
Afora o debate sobre os rumos –ou descaminhos— do partido, os governadores tucanos tentarão afinar a viola em relação a temas que correm no Congresso.
Deseja-se chegar a uma partitura comum, que leve à unificação do discurso sobre projetos que têm impacto direto nas arcas estaduais.
Entre eles: financiamento da saúde pública, teto salarial para PMs e bombeiros, remuneração de professores e benefícios fiscais às micro e pequenas empresas.
Trabalha-se com a perspectiva de divulgar uma “Carta de Goiânia”, um texto com o resumo da posição dos gestores tucanos.
Discute-se a hipótese de incluir no documento um lote de cobranças dirigidas ao governo Dilma Rousseff.
Coisas urgentes (Lei Kandir e redução dos juros que incidem sobre as dívidas estaduais) e de médio prazo (redefinição do "pacto federativo". Leia-se reforma tributária).
No início da tarde, os governadores farão também um debate sobre a conjuntura econômica, tisnada pela crise que eletrifica os EUA e a Europa.
Nessa estágio, a discussão será guiada por uma exposição do economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro de FHC.
É a terceira vez que os oito governadores do PSDB se reúnem desde que foram eleitos ou reeleitos na campanha de 2010.
Já haviam se encontrado em Maceió e em Belo Horizonte. As conversas anteriores, como a atual, ocorreram contra um pano de fundo envenenado.
São dois os nós que o tucanato demora-se em desatar. O primeiro é uma guerra de foice que José Serra e Aécio Neves travam no escuro.
Os dois disputam a vaga de presidenciável do PSDB na sucessão de 2014. Aécio é, de longe, o preferido da maioria da legenda.
Há três dias, em jantar com 41 dos 53 deputados federais do partido, Aécio saiu da toca. Disse que irá a 2014 em qualquer circunstância, contra Lula ou Dilma.
Porém, a despeito de acumular um par de derrotas (2002 e 2010), Serra não esboça a mais remota intenção de depor as armas.
Para complicar, Alckmin observa o vaivém das foices com ares de quem se imagina em condições de encarnar uma terceira via partidária.
O segundo nó que paralisa o tucanato é a ausência de nitidez quanto à estratégia para se contrapor ao PT de Lula e Dilma.
No gogó, a reestruturação do PSDB existe desde meados de 2009. Na prática a legenda, um conjunto de amigos 100% feito de inimigos, não sai do lugar.
Promete-se para outubro um seminário redentor. Vão a debate desde a reformulação do pragrama partidária à retirada tardia do legado de FHC do armário.
Foi incumbido de organizar a pauta um arquirival de Serra: o ex-senador Tasso Jereissati, hoje presidente do Instituto Teotônio Vilela, braço acadêmico da legenda.
Considerando-se a quantidade de veneno acumulado, o antídoto preparado nas provetas do neo-PSDB parece fraco.
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